César de Medeiros: “Graças à Appai eu não sou mais obeso!”


Um princípio de AVC foi o suficiente para o associado César de Medeiros, de 27 anos, resolver mudar drasticamente seus hábitos. Obeso tipo 2, procurou a atividade física como instrumento para alcançar seu objetivo, não por estética, mas por uma preocupação extrema com sua saúde. Sem querer dar uma nova chance ao azar, preferiu buscar acompanhamento profissional para que sua mudança não fosse em vão.

“Eu sempre fui sedentário. Mas durante a universidade acabei engordando descontroladamente, porque eu não tinha tempo para me alimentar de forma adequada. Todos os dias eu comia fast-food”, revela César, que somente quatro anos depois de formado decidiu fazer uma reeducação alimentar.

Sua mãe, que também é associada, lhe incentivou a buscar ajuda com o Programa Saúde 10, já que sabia da existência de uma equipe especializada e interdisciplinar. E na sua primeira participação na “Oficina de psicologia: um novo olhar”, César abriu seu coração aos novos colegas que lhe falaram: “Você precisa conhecer o Grupo de Sobrepeso e Obesidade”. Não deu outra. Em pouco tempo César já era um dos participantes mais engajados do grupo. “Eles me deram toda uma orientação, que não era só fechar a boca, mas sim fazer exercícios, realizar acompanhamento psicológico”, exemplifica César.

Sem gostar de esporte e frequentar academias, César encontrou mais um incentivo ao assistir uma partida de futebol no estádio da Ilha do Governador, bairro onde mora. “Todo o esforço dos jogadores acabou me incentivando. Eu pensei: Se eu fizer um exercício, será que eu vou ter toda essa disposição para emagrecer?”, se perguntou. Desde então, todas as terças e quintas César está presente no polo de treinamento do Benefício Caminhadas e Corridas, no corredor esportivo do Moneró, na Ilha, onde conseguiu eliminar mais de 20 kg.

De acordo com Juliana Ferro, nutricionista do Saúde 10, quem participa do grupo de Sobrepeso passa por um processo de reeducação do corpo e da mente. A nutrição explica a importância e como fazer a distribuição das refeições ao longo do dia, bem como a distribuição dos grupos alimentares nas refeições. O grupo orienta estratégias para controle da ingestão alimentar no estresse, ensina a ler os rótulos dos alimentos, favorecendo o associado a exercer sua autonomia de escolha dos alimentos menos prejudiciais à saúde, identificando inclusive irregularidades cometidas pela indústria como informações falsas nos rótulos ou informações que induzem a escolhas errôneas. Na nutrição esclarecemos também sobre as comorbidades (hipertensão, diabetes, dislipidemia, etc.) associadas ao ganho de peso corporal e como evitá-las ou controlá-las com a alimentação. Por isso, “O associado César apresentou uma redução de 21 kg de peso corporal, sendo 17 kg de gordura e 1,3 kg de músculo. A quantidade de músculo perdida é insignificante perto da quantidade de gordura eliminada. 8 kg de gordura foram mobilizados da região visceral”, diagnostica Juliana.

Os 55 kg atuais de Cesar são evidenciados no sorriso de alegria por conseguir caminhar rumo a uma nova vida. “Eu pensei em desistir, mas o fato de ter tido um princípio de AVC me segurou forte. E depois que eu perdi um, dois, três quilos, e a barriga foi sumindo, eu disse: Eu vou conseguir! ”, diz.

Atualmente, frutas, verduras e legumes não faltam mais na sua alimentação. “Há mais de um ano eu não vou mais ao fast-food. Eliminei da minha vida!”, decreta César, que desistiu de ir a uma festa de aniversário por ser realizada num rodízio de pizza.

Para a psicóloga do Saúde 10, Ieda Herculano, uma primeira etapa para a mudança passa pela tomada de consciência. “É essencial para este processo que a pessoa identifique os seus obstáculos e que esteja disponível para fazer pequenos ajustes, no sentido de alterar o seu comportamento. O objetivo concreto deste tipo de intervenção é, num primeiro momento, alterar o pensamento e o comportamento perante a dieta, fazendo distinção entre fome fisiológica (que é natural) e fome emocional (específica, por exemplo, por chocolates, bolo, pizza). É importante que aprenda a lidar de forma diferente com as emoções negativas que o levam a comer, por vezes, de forma compulsiva. Assim como lidar com a ansiedade resultante de outros problemas da vida.

Já Larissa Ferreira, fisioterapeuta do Programa Saúde 10, diz que o estilo de vida moderno e os benefícios que ganhamos com a mecanização de algumas atividades, o aumento da oferta de alimentos, em sua maioria industrializado e a otimização do tempo, têm contribuído para o sedentarismo populacional, hoje considerado o mal do século. “Os baixos níveis de atividade física contribuem para a redução da qualidade de vida e o aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre elas a obesidade, que pode ter múltiplos fatores como sociais, comportamentais e culturais. Esses três aspectos, que podem ser denominados como estilo de vida, são os que tentamos mudar através da intervenção da nossa equipe multiprofissional no Saúde 10.

Em uma escala de zero a dez, César é enfático ao pontuar como onze a qualidade do acompanhamento da equipe do Saúde 10. “O grupo não é só para dizer que precisamos fechar a boca. Os profissionais nos incentivam a melhorar a nossa qualidade de vida. Temos palestras sobre como interpretar um rótulo de um produto, palestras motivacionais, encontros sobre fisioterapia, entre milhares de coisas maravilhosas”, ratifica César.

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Fique ligado que na próxima semana você conhecerá a história de Dermeval Costa, que obteve redução de 10,9 kg de peso corporal, sendo 9,3 kg somente de gordura corporal.


Pra você que tem interesse em participar do

Grupo de Sobrepeso e Obesidade, ligue:

(21) 3147-3237 / 3147-3244

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Ou compareça no Saúde 10, que está localizado na Sede da Appai

Rua Senador Dantas, 117 – SL 215. Centro do Rio de Janeiro/RJ.


Por Richard Günter


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